O VERDADEIRO PAPEL DO LÍDER


A mudança é inexorável e cada vez mais rápida... Mas, qual será o papel que um líder tem num contexto tão  crítico como este?

Nada  é  mais  certo  do  que  a  impermanência.  Toda  idéia  de  estabilidade  morre  mesmo  numa observação  rasa  de  qualquer  aspecto  da  vida,  desde  o  movimento  das  galáxias  até  a  menor das células.

Isto fica evidente ao considerarmos o fator humano que, por mais que exista um grande desejo por  definição, é diferente em cada momento. Não precisa se abrir muito no tempo para perceber mudanças drásticas e comportamento e visão de uma mesma pessoa.

O indivíduo não é uma somatória de experiências mas, sim, uma  resultante de uma miríade de fatores que vão desde aspectos biológicos e emocionais até seu entorno. 

Da  mesma  maneira,  as  organizações  podem  guardar  traços  específicos  mas,  também  estão sempre em mutação. Quando falamos em cultura, ou seja, “a maneira de ser e se  comportar”, nos damos conta que existe uma variabilidade importante em torno de um eixo central. 

Este  eixo  central  é  formado  e  mantido  por  pessoas,  o  que  é  mais  notório  em  organizações menores  ou  mais  centralizadas  na  figura  de  um  líder  modelador,  ou  seja,  uma  pessoa  que tende a impor suas idéias e modelos. E é aí que existe um grande risco. 

Ocorre  que  um  perfil  modelador  não  estimula  a  responsabilização  e  desenvolvimento  das pessoas  e,  por  consequência,  da  própria  organização.  Enquanto  o  sonho  de  um  líder modelador é uma equipe de exímios executores, um líder visionário sonha em ter uma equipe de líderes. 

Líderes que enxergam com clareza para onde a empresa vai e seu papel neste caminho, que pensam “fora da caixa”, inovando.

Líderes que inspiram suas equipes, que escutam, que estimulam a participação inteligente de todos num objetivo comum. E assim, se tornam excelentes executores, por responsabilização e não por imposição. 

Estamos falando de líderes que têm que além da autoridade, uma grande responsabilidade. E, nada disso está restrito aos gestores, cada profissional deve ver-se como líder, mesmo que seja de um processo aparentemente simples.

Nunca  é  demais  lembrar  que,  assim  como  um  organismo  vivo,  basta  que  um  pequeno  órgão deixe de funcionar corretamente para que se instale o desequilíbrio e sobrevenha a morte.

O  setor  da  saúde  defende  a  necessidade  de  mudanças,  de  uma  evolução  na  gestão  que acompanhe a evolução tecnológica porém, só que isso não está restrito às mudanças externas mas, em cada pessoa. 

Contudo,  enquanto  prevalecer  a  vaidade  e  a  teimosia  de  líderes  antiquados,  a  evolução  das pessoas e das organizações ficam comprometidas e, como num organismo vivo, pode levar até à morte. 

A mudança é certa.

E  também  algo  é  certo:  quem  não  for  agente,  será  vítima  desta  mudança.  É  para pensar… E agir!